sexta-feira, 26 de julho de 2024
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Orixás – Os deuses que regem os elementos da natureza

Introdução

Os Orixás, oriundos da mitologia africana iorubá, ganharam solo fértil no Brasil através das práticas religiosas da Umbanda e do Candomblé. A palavra “Orixá” tem sua raiz em “Ori” (cabeça) e “Xá” (Rei ou Senhor), traduzindo-se como “Senhor da Cabeça”. Essas divindades são consideradas ancestrais africanos divinizados, atribuindo-se a eles o controle sobre elementos naturais, ofícios humanos e condições da vida cotidiana.

Os Orixás, entidades conectadas aos pontos de força da Natureza, refletem características humanas, expressando emoções como raiva, ciúmes e amor. Cada Orixá possui um sistema simbólico único, composto por cores, comidas, cantigas, rezas e ambientes específicos. Devido ao sincretismo durante a escravidão, cada Orixá foi associado a um santo católico, permitindo a continuidade de seus cultos. Contudo, essa sobreposição na forma de santos católicos é, muitas vezes, apenas superficial.

A mitologia iorubá abriga mais de 400 Orixás, mas no Brasil, alguns ganharam destaque, como Exú, Oxalá, Ogum, Oxóssi, Oxum, Xangô, Iansã, Iemanjá, e outros, sendo cultuados nas tradições religiosas afro-brasileiras. Essas divindades, ricos em simbolismo, cores, e rituais específicos, representam pilares espirituais na cultura afro-brasileira, carregando consigo a história, a sabedoria e a conexão entre o divino e o humano.

Exú

Exu é um orixá da mitologia africana, especialmente venerado nas religiões de matriz iorubá, como o Candomblé e a Umbanda. Ele é conhecido como o mensageiro divino, intermediário entre os deuses (orixás) e os seres humanos. Exu é considerado o guardião dos caminhos, responsável por facilitar a comunicação entre o plano espiritual e o mundo terreno.

Na cosmologia iorubá, Exu não é estritamente classificado como bom ou mau. Sua natureza é dual, refletindo as dualidades inerentes à existência. Ele possui virtudes e defeitos, podendo agir tanto para o benefício quanto para o desafio dos seres humanos. Sua representação destaca-se pela complexidade e pela capacidade de transcender polaridades morais.

As oferendas a Exu costumam incluir elementos simbólicos que refletem sua influência nos caminhos e na comunicação. Ele é reverenciado como um elo essencial entre o mundo visível e invisível, desempenhando um papel fundamental nas práticas religiosas que buscam equilíbrio e compreensão entre as forças espirituais e a vida cotidiana.

Oxalá

Oxalá é um importante orixá na mitologia africana, sendo venerado nas religiões de matriz iorubá, como o Candomblé e a Umbanda. Ele é considerado o pai de todos os orixás e detentor de grande sabedoria e tranquilidade. Oxalá é associado à criação do mundo e à manutenção da ordem cósmica.

Representado por cores brancas, Oxalá simboliza a paz, a pureza e a serenidade. Sua influência está ligada à busca pela harmonia e equilíbrio, sendo invocado em momentos que demandam calma e discernimento. Oxalá também é reconhecido como o orixá da justiça, promovendo valores éticos e morais.

Diferentemente de alguns orixás, Oxalá é frequentemente retratado como benevolente e distante de dualidades extremas. Sua energia é considerada pacífica e curadora. Nas celebrações religiosas, as oferendas a Oxalá incluem elementos que representam pureza, como a água, e alimentos brancos.

Oxalá desempenha um papel fundamental nas práticas espirituais, sendo invocado para trazer clareza mental, paz interior e orientação em momentos de decisão. Sua presença é associada à transcendência espiritual e à busca pela elevação moral.

Ogum

Ogum é um dos orixás mais proeminentes nas tradições das religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. Ele é reverenciado como o guerreiro divino, representando a força, coragem e determinação. Ogum é conhecido por sua natureza protetora e sua capacidade de abrir caminhos, enfrentando desafios com bravura.

A cor associada a Ogum é o vermelho, simbolizando sua energia vibrante e apaixonada. Ele é sincretizado com São Jorge na tradição católica, refletindo a adaptação das práticas religiosas africanas durante o período da escravidão no Brasil.

Ogum é o senhor do ferro, da tecnologia e das batalhas. Sua influência se estende à agricultura, à metalurgia e às atividades que exigem determinação. Seus devotos buscam sua orientação para superar obstáculos, proteção em momentos de conflito e força para enfrentar as batalhas cotidianas.

Na Umbanda, Ogum é celebrado com rituais, oferendas e festividades que destacam sua importância na jornada espiritual dos praticantes. Seu dia de homenagem costuma ser terça-feira, e suas características refletem a essência guerreira que inspira os filhos de Ogum a enfrentar a vida com bravura e resiliência.

Oxóssi

Oxóssi é um orixá venerado nas tradições das religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. Ele é conhecido como o senhor das matas, simbolizando a caça, a fartura e a ligação com a natureza. Oxóssi é reverenciado por sua habilidade como caçador e protetor das florestas.

A cor associada a Oxóssi é o verde, representando a exuberância da natureza e a renovação. Ele é sincretizado com São Sebastião na tradição católica, refletindo a prática de associar divindades africanas a santos católicos durante o período da escravidão no Brasil.

Oxóssi é visto como um orixá que proporciona sustento e equilíbrio, sendo invocado para garantir a fartura nas colheitas e a proteção das florestas. Seus devotos buscam sua orientação para questões ligadas à prosperidade, à busca por alimentos e à conexão espiritual com a natureza.

Na Umbanda, Oxóssi é celebrado com rituais que envolvem oferendas, rezas e danças, destacando sua importância na preservação da vida e na busca pela harmonia com o meio ambiente. Seu dia de homenagem costuma ser quinta-feira, e suas características refletem a essência protetora e abundante associada a esse Orixá.

Oxum

Oxum é um orixá reverenciado nas tradições das religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. Ela é associada à fertilidade, à maternidade, ao amor e à riqueza. Oxum é venerada como a dona das águas doces, simbolizando a fluidez, a beleza e a generosidade.

A cor associada a Oxum é o amarelo ou o dourado, refletindo a luz do sol e a riqueza de suas dádivas. Na tradição católica, Oxum é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, estabelecendo uma conexão entre as práticas religiosas africanas e a devoção católica.

Oxum é reconhecida como uma divindade que concede bênçãos relacionadas ao amor, à fertilidade e à prosperidade. Seus devotos buscam sua intercessão para questões ligadas à concepção, ao sucesso nos relacionamentos e à abundância material.

Os rituais dedicados a Oxum envolvem oferendas, cânticos, danças e momentos de devoção, destacando sua importância na vida cotidiana e nas celebrações festivas. Seu dia de homenagem costuma ser sábado, e a presença de Oxum é invocada em momentos que envolvem águas doces, como rios e cachoeiras. Sua imagem é frequentemente associada à feminilidade, à sensualidade e à benevolência.

Oxumaré

Oxumaré é um orixá associado à mitologia iorubá, sendo venerado nas religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda. Ele é frequentemente simbolizado pela serpente arco-íris, representando a ligação entre o céu e a terra, a dualidade e a transformação.

Oxumaré é considerado o orixá da renovação e do movimento cíclico da vida. Sua energia está relacionada à renovação das estações, à fertilidade e à regeneração. Na tradição iorubá, Oxumaré é visto como um mensageiro divino que transporta a água da chuva em seu corpo serpentino, simbolizando a conexão entre o celestial e o terreno.

As cores associadas a Oxumaré são o verde e o amarelo, refletindo as cores da serpente arco-íris. Seu culto envolve rituais específicos, oferendas e celebrações que destacam sua importância na manutenção do equilíbrio e na renovação das energias vitais.

Oxumaré é também sincretizado com São Bartolomeu na tradição católica, evidenciando a influência do sincretismo religioso nas práticas afro-brasileiras. Seu culto destaca-se pela busca por renovação, equilíbrio e harmonia na vida dos devotos, bem como pela compreensão das fases cíclicas da existência.

Xangô

Xangô é um orixá venerado nas tradições das religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. Ele é associado à justiça, à autoridade, ao trovão e à pedreira. Xangô é reverenciado como um rei divino, governando com sabedoria e imparcialidade.

A cor associada a Xangô é o marrom ou o vermelho, simbolizando a terra e o fogo. Na tradição católica, Xangô é sincretizado com São Jerônimo, estabelecendo uma conexão entre as práticas religiosas africanas e a devoção católica.

Xangô é reconhecido como um senhor da justiça, tomando decisões ponderadas e equitativas. Sua representação inclui o machado de dois gumes, que simboliza seu papel de cortar as injustiças e estabelecer o equilíbrio. Seus devotos buscam sua intercessão em questões legais, conflitos e decisões importantes.

Os rituais dedicados a Xangô envolvem danças rituais, cânticos, oferendas e momentos de reverência. Seu dia de homenagem costuma ser quarta-feira, e sua presença é invocada em locais associados à pedreira, onde se acredita que ele exerce seu poder. A energia de Xangô é vista como imponente e firme, refletindo a força da justiça divina.

Iansã

Iansã é uma poderosa orixá presente nas tradições das religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. Ela é associada aos ventos, tempestades, raios e ao movimento. Iansã é reverenciada como uma deusa guerreira, corajosa e apaixonada.

A cor associada a Iansã é o vermelho, representando a intensidade de suas emoções e a vitalidade de sua energia. Na tradição católica, Iansã é sincretizada com Santa Bárbara, estabelecendo uma conexão entre as práticas religiosas africanas e a devoção católica.

Iansã é considerada a senhora dos ventos, capaz de purificar o ambiente e abrir caminhos. Seu símbolo é o vento, que traz mudanças e renovação. Os devotos de Iansã a procuram em momentos de transição, buscando sua força para superar desafios e alcançar novos patamares em suas vidas.

Os rituais dedicados a Iansã envolvem danças vibrantes, cânticos fervorosos e oferendas que simbolizam a força dos ventos. Seu dia de homenagem costuma ser quarta-feira, e ela é frequentemente invocada em situações que demandam coragem, determinação e proteção espiritual. Iansã é vista como uma figura maternal, protetora e ao mesmo tempo impetuosa, refletindo a dualidade de sua natureza divina.

Iemanjá

Iemanjá é uma venerada orixá nas religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. Conhecida como a Rainha do Mar, ela é reverenciada como mãe e protetora das águas. Iemanjá é associada à fertilidade, à maternidade e à proteção da família.

A cor branca é frequentemente atribuída a Iemanjá, simbolizando sua pureza e conexão com as águas. Na tradição católica, Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, destacando a influência do sincretismo religioso nas práticas afro-brasileiras.

Os devotos de Iemanjá a buscam em momentos que envolvem a busca por equilíbrio emocional, proteção dos entes queridos e bênçãos para a família. Seu dia de homenagem comum é sábado, e rituais à beira-mar são realizados para oferecer oferendas simbólicas, como flores, perfumes e comidas, como gesto de devoção.

Iemanjá é vista como uma mãe amorosa e acolhedora, capaz de trazer calma e harmonia às vidas daqueles que a invocam. Suas histórias mitológicas destacam sua conexão profunda com as águas e sua influência benevolente sobre os que buscam sua orientação espiritual.

Nanã

Nanã, na mitologia iorubá e nas religiões afro-brasileiras, é um orixá reverenciado como a divindade ligada à lama primordial, à lama que precedeu a criação do mundo. Ela é considerada uma anciã, representando a sabedoria, a paciência e a ligação com as origens da vida.

Associada a elementos como água parada, lama e pântanos, Nanã é muitas vezes retratada como uma figura materna e sábia, envolvida na criação e na formação da existência. Seu culto é marcado por rituais que buscam equilíbrio, purificação e respeito pela ancestralidade.

As cores que simbolizam Nanã são o lilás e o roxo, refletindo sua conexão com a espiritualidade e a transição entre a vida e a morte. Seus devotos buscam sua orientação para lidar com questões relacionadas à sabedoria, à cura e ao entendimento das fases da vida.

Nanã é uma figura respeitada nas religiões de matriz africana, e seu culto destaca a importância da ligação com as origens, o respeito pelos ciclos da natureza e a sabedoria que vem com a passagem do tempo.

Omolú

Omolú, também conhecido como Obaluaiê, é um orixá venerado nas tradições afro-brasileiras e na mitologia iorubá. Ele é considerado o senhor das doenças e das curas, representando tanto a enfermidade quanto a capacidade de cura. Omolú é frequentemente associado à terra e à energia primordial, simbolizando a transformação e a renovação.

Sua representação visual é marcada pela vestimenta que cobre seu corpo, refletindo a ideia de proteção contra as doenças que ele carrega consigo. A cor que o simboliza é o preto, denotando mistério, transformação e a ligação com os mistérios da vida e da morte.

O culto a Omolú é conduzido com grande respeito, uma vez que ele carrega consigo tanto a enfermidade quanto o potencial de cura. Seus devotos buscam sua influência para lidar com questões relacionadas à saúde, bem como para encontrar força em momentos de transformação e renovação.

Omolú é um orixá que representa a dualidade entre a fragilidade da vida e a força regeneradora que acompanha a superação das adversidades. Seu culto destaca a importância de aceitar as vicissitudes da existência e encontrar equilíbrio na busca pela saúde e pelo bem-estar.

Logunedé

Logunedé é um orixá que ocupa uma posição única e especial nas tradições afro-brasileiras, sendo considerado o “príncipe caçador” ou “caçador adolescente”. Sua dualidade manifesta-se na combinação das características de dois orixás principais: Oxóssi, o senhor da caça, e Oxum, a divindade associada à fertilidade, amor e águas doces.

Este orixá é celebrado por sua habilidade como caçador e pescador, representando a destreza nas atividades relacionadas à subsistência. Sua ligação com Oxum adiciona elementos de beleza, amor e prosperidade à sua essência, criando uma figura que incorpora tanto as características do campo quanto as águas.

Logunedé é frequentemente retratado como um jovem príncipe adornado com belas vestes e joias, simbolizando a juventude, a beleza e a prosperidade. Suas oferendas incluem itens que representam tanto a caça quanto a riqueza das águas doces, proporcionando um equilíbrio harmonioso entre os dois domínios.

Os devotos de Logunedé buscam sua influência para questões relacionadas à busca por sustento, beleza, fertilidade e harmonia. Sua dualidade reflete a diversidade e a complementaridade presentes nas tradições afro-brasileiras, oferecendo uma perspectiva única sobre a interconexão dos elementos naturais e espirituais na busca por uma vida equilibrada e próspera.

Obá

Obá é um orixá reverenciado nas tradições das religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. Ela é conhecida como a deusa do rio e das águas revoltas, sendo associada à força das águas e à energia feminina guerreira.

Obá é representada como uma mulher forte e corajosa, muitas vezes portando um machado, símbolo de sua determinação e poder. Ela é considerada uma guerreira feroz, pronta para enfrentar desafios e proteger seus seguidores. Além disso, Obá é associada à lealdade e à justiça, sendo invocada em situações que demandam coragem e resolução.

Na mitologia iorubá, Obá teve um amor não correspondido por Xangô, o deus do trovão, o que gerou uma profunda tristeza. Essa história é frequentemente utilizada para simbolizar a importância do enfrentamento das dificuldades com coragem e dignidade.

Os devotos de Obá buscam sua influência para questões relacionadas à coragem, proteção e justiça. Seu papel como guardiã das águas tumultuadas representa a capacidade de superar obstáculos e prosperar mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras.

Ossain

Ossain é um orixá venerado nas tradições das religiões afro-brasileiras, especialmente no Candomblé e na Umbanda. Ele é conhecido como o senhor das folhas, detentor do conhecimento das propriedades medicinais das plantas e ervas. Sua atuação está intimamente ligada à cura espiritual e física.

Representado como um caçador ou eremita, Ossain é muitas vezes retratado carregando um feixe de folhas em suas mãos, simbolizando seu domínio sobre os segredos das plantas. Ele é invocado para fins de cura, proteção e sabedoria, sendo considerado o guardião das folhas sagradas utilizadas em rituais e práticas medicinais.

Ossain desempenha um papel fundamental na conexão entre o mundo espiritual e o mundo terreno, servindo como intermediário entre os orixás e os praticantes das religiões afro-brasileiras. Seu conhecimento sobre as propriedades das plantas é utilizado não apenas para a cura de doenças, mas também para fortalecer as energias espirituais e promover a harmonia.

Os devotos de Ossain buscam sua orientação para questões de saúde, bem-estar espiritual e aquisição de conhecimento sobre os segredos da natureza. Sua presença é reverenciada nos rituais que envolvem o uso de plantas e ervas, evidenciando a importância dessa divindade nas práticas religiosas afro-brasileiras.

Ewá

wá é um orixá que ocupa um lugar especial nas tradições das religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda. Ela é considerada uma divindade feminina, associada a elementos da natureza, principalmente as águas doces e os rios.

Representada de maneira elegante e muitas vezes associada à figura da sereia, Ewá é vista como uma deusa que personifica a beleza e a delicadeza. Seu domínio sobre as águas a conecta à fertilidade, à renovação e à fluidez da vida. Ewá é também considerada a guardiã das águas cristalinas, simbolizando a pureza e a clareza.

Na cosmologia das religiões afro-brasileiras, Ewá é reconhecida como uma divindade que promove a harmonia e o equilíbrio. Seu culto muitas vezes envolve rituais à beira dos rios, onde oferendas são feitas em agradecimento às bênçãos recebidas e em busca de sua proteção.

Devotos de Ewá buscam sua influência para questões relacionadas à fertilidade, amor, pureza e renovação espiritual. Sua presença nos rituais e celebrações destaca a importância dessa divindade na rica tapeçaria espiritual das religiões afro-brasileiras.

Ibejis

Ibejis, na tradição das religiões afro-brasileiras, são divindades gêmeas associadas à infância e à dualidade. Cultuados principalmente no Candomblé e na Umbanda, os Ibejis são considerados orixás infantis que personificam a alegria, a travessura e a vitalidade.

Representados como duas crianças, geralmente segurando objetos simbólicos como brinquedos, os Ibejis são vistos como protetores dos mais jovens e guardiões das energias infantis. Suas características são associadas à pureza, inocência e à dualidade inerente à natureza humana.

Os devotos de Ibejis frequentemente buscam sua intercessão para questões relacionadas à maternidade, fertilidade e proteção das crianças. As celebrações dedicadas aos Ibejis envolvem rituais alegres, com oferendas de doces, brinquedos e elementos que representam a vivacidade da infância.

A dualidade expressa pelos Ibejis também é interpretada como uma representação da dualidade na vida, incluindo luz e sombra, alegria e tristeza. Assim, o culto aos Ibejis não apenas celebra a energia infantil, mas também busca equilibrar as dualidades que permeiam a existência humana.

Conclusão

Assim, os Orixás, enraizados na mitologia iorubá e entrelaçados nas tradições religiosas da Umbanda e do Candomblé, emergem como pontes entre o divino e o humano no Brasil. Suas representações coloridas, simbolismos profundos e conexões com a Natureza transcendem fronteiras culturais, refletindo a riqueza espiritual e a diversidade da herança afro-brasileira.

Neste mosaico de divindades, cada Orixá é uma expressão única de sabedoria ancestral, oferecendo caminhos para a compreensão mais profunda da existência e uma ligação inquebrável entre passado, presente e futuro na jornada espiritual do povo brasileiro.

Questões mais Frequentes

Qual Orixá é geralmente associado à proteção e abertura de caminhos na Umbanda?

Ogum é frequentemente reverenciado como o Orixá da guerra e protetor, sendo invocado para superar desafios e remover obstáculos na Umbanda.

Como os Orixás escolhem seus filhos na Umbanda?

A escolha dos filhos pelos Orixás na Umbanda é entendida como uma conexão espiritual pré-natal, baseada na personalidade, experiências passadas e missão espiritual do indivíduo.

Qual é o Orixá considerado o mensageiro na Umbanda?

Exú é reconhecido como o Orixá mensageiro na Umbanda, desempenhando o papel de intermediário entre os orixás e os seres humanos, facilitando a comunicação espiritual.


Fica aqui uma dica para se aprofundar mais no assunto – Umbandas: Uma história do Brasil

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João Carvalho de Luz
João Carvalho de Luz
João Carvalho de Luz é um apaixonado estudioso e praticante da Umbanda há mais de 20 anos. Nascido e criado no coração do Rio de Janeiro, João cresceu imerso na rica tapeçaria cultural brasileira, desenvolvendo desde cedo um profundo interesse pelas tradições espirituais do país. Formado em antropologia com ênfase em religiões afro-brasileiras, ele dedica sua vida ao estudo e à prática da Umbanda, buscando sempre aprofundar seu conhecimento e compreensão.
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